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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Para que ser você mesmo?


Às vezes você precisa escrever o que se passa pela sua cabeça sem se preocupar sobre o que será ou no que isso dará. Deixar as palavras saírem da sua mente e fluírem ao som da digitação do seu teclado. Por mais que alguns assuntos me persigam pelo direito de fala eu os ignoro. Minha natureza é transgressora. Todavia, a minha personalidade oposicionista não deveria ser a razão para eu me recusar a falar sobre algo. Todos deveríamos. Por que tudo tem de sempre estar relacionado com alguma coisa? Qual a razão de escrever ter de ter um objetivo? Uma finalidade! Ou qualquer justificativa que seja!

Eu não escrevo por que tenho um motivo. Na verdade eu mal faço idéia do que vai sair desse texto e nem muito menos se ele chegará a alguém. Entretanto, eu escrevo, pois assim quero fazê-lo nesse momento. Pois assim eu sinto! A nossa vida é sempre tão milimetricamente calculada, seja no trabalho ou na vida pessoal, cheia de regras, de imposições, de expectativas ou planos. O ser humano está sempre buscando uma forma de justificar, prever e de compreender o que está acontecendo ao seu redor, que perdeu a sua naturalidade. Sua humanidade. Essência? E quem disse que nos temos uma essência? Chega! Basta! Por que raios tudo tem de ter uma base? Um fundamento? Eu sou o que eu sou e é isso. Amanhã se eu quiser ser outro, eu o serei. Continuo sendo eu. Eu não preciso ser “Eu mesmo”, pois não existe “Eu mesmo”. “Eu mesmo” sou quem eu sou agora, que pode não ser quem eu serei amanhã. A inconstância é que nos move, são as incertezas e dúvidas que fazem o mundo se desenvolver.

Para que dar uma resposta? Para que preencher seus atos com motivos? Para que ser o mesmo você mesmo o tempo todo?

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