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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Cientistas comprovam o que muitos duvidavam



“Nicknames”, é como chamam os norte-americanos o que chamamos aqui no Brasil de apelidos. Os apelidos são utilizados como forma de “informalizar” a relação com uma pessoa próxima com a evolução da intimidade. Nós também usamos os apelidos para descrever uma pessoa com uma característica forte ou até mesmo por um simples evento, do qual o indivíduo participou e passou a ser rotulado a partir daí.
Os apelidos podem ser carinhosos e muitas vezes nem um pouco ofensivos, podem servir como forma de demonstrar com uma palavra como aquela pessoa é querida. Como sei lá; docinho, bombonzinho e outros diminutivos clássicos. Entretanto, outros apelidos podem ser usados como artifício para ofender ou inferiorizar pessoas e como forma de discriminação.

Não é nenhuma novidade que os gays ainda sofrem imensa discriminação nos dias atuais mesmo com os intensos esforços de ONGs e outros grupos para espalhar uma boa impressão à sociedade a respeito da comunidade gay. Um dos reflexos dessa discriminação ainda intrínseca a sociedade são os “nicknames”, aos quais os gays são obrigados a ouvir diariamente em ambientes acadêmicos e até mesmo de trabalho. Alguns já até se acostumaram e levam com bom humor, mas para outros isso pode ser um grande incômodo que até prejudica sua auto-estima e desempenho nesses respectivos ambientes.

Os famosos bicha, biba, moçoila, mona e viado, são amplamente difundidos dentro do vocabulário popular quando se trata de descrever algum homossexual, cujo o nome não se sabe – e pouco se interessa de saber – ou na hora de ofender alguém que aprecie indivíduos do mesmo sexo. E tudo isso, por conta de dois motivos que são os que falarei no meu post de hoje:

“As pessoas têm uma mania, que considero como péssima, de rotular as outras e alguns homossexuais ainda não se sentem confortáveis o suficiente diante da sociedade a respeito da sua condição sexual.”


Pois é, as pessoas gostam de rotular as outras. E se isso não se aplica a você, pode ter certeza que se aplicará aos outros 99% dos leitores. Seja desde a infância quando o seu pai chama todos os seus amigos de molecada e quando você está jovem eles são a galera. Particularmente, eu considero um hábito tenebroso – mais uma palavra para o seu dicionário colorido, os gays adoram tenebroso - do ser humano. Isso por que, a raça humana é de um nível de complexidade tamanho que eu me recuso a crer numa palavra, por maior que seja, como detentora do poder de se referir a alguém – exceto o seu nome é claro – ou mesmo com o poder de descrever aquela pessoa. Resumir tudo o que ela é com dois fonemas. “É uma bicha”. Como se todos os gays fossem iguais! Isso é um despautério! Essa informação não deve ter chegado ao ouvido de algumas pessoas ainda, mas eu lhes farei esse favor. Sinto-lhes em informar mais os cientistas comprovaram que os gays também são seres humanos! Sim! Eu sei... é espantoso! SENDO ASSIM, NÓS SOMOS DIFERENTES COMO TODOS OS HUMANOS E NÃO UM BLOCO CHAMADO GENERICAMENTE DE BICHA.

O pior dos “nicknames” é como se não bastasse o viado, eles ainda faziam daquilo um diminutivo. “Viadinho”. Affzz. Muito me irritava isso. Porém, hoje não me incomodaria como antes. Sim! Eu chorei ... pouco?! Não! Muito! Chorei muito. Nos dias atuais se eu ouvisse isso eu apenas daria um sorriso e pensaria comigo o quão medíocre deve ser aquela pessoa por ter um pensamento tão pobre e achar que uma palavra pode dizer quem outra pessoa é. Muito menos uma palavra no diminutivo. Com isso, eu parei para refletir o porquê de antes eu ouvir aquelas palavras e ficar tão pra baixo. O que me fez perceber que no passado eu nao me sentia ajustado, não era satisfeito com a minha condição sexual. Eu tinha medo. Aquilo para mim era errado. Fatores esses que ainda afligem muitos dos gays que, nos assumidos chamamos de enrustidos. O fato de no passado eu me deixar resumir por uma palavra no diminutivo me fez sentir menor, deprimido. Sendo assim, não se deixe levar por essas palavras, pois se você se deixa levar por essas palavras vindas de mentes pobres você esta assinando atestado de tão pobre de conhecimento quanto elas. Alguém feliz, satisfeito e confortável com a sua condição sexual não se deixaria levar por uma coisa dessas. Caso você ainda não esteja confortável em ser gay, seja ao menos inteligente e ignore esses "haters".

- Ei viadinho? Bichinha?
- Nossa! Desta vez você se superou... Conseguiu usar 0,5% da capacidade mental humana média. Ainda bem que, você não acredita muito em ciência depois do que os cientistas disseram sobre os gays né?! Pois assim você tem uma boa argumentação para discordar do seu teste de quociente de inteligência quando ele der tão baixo. Quem sabe um dia você não conseguirá usar tantas palavras numa frase como eu?!Vai treinando... tem mona, moça, biba.